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Marketing Tradicional não funciona. Duvida?

O comportamento do consumidor mudou, principalmente na internet. Hoje, detestamos ser interrompidos e adoramos empresas que nos tragam relevância. Mas isso nos faz questionar se o Marketing Tradicional ainda funciona.

O ponto preocupante é: até que ponto você tem investido tempo e recursos em estratégias que não dão mais certo? Neste texto, gostaríamos de te mostrar os motivos que o Marketing Tradicional está fadado a morrer e como novas estratégias são mais interessantes.

O marketing tradicional é interruptivo e invasivo

Talvez você não tenha se dado conta disso, mas a interrupção pode gerar resultados opostos ao que se espera. Ou seja, ao invés de ser interessante, sua comunicação pode gerar aversão.

Por exemplo, se imagine nas seguintes condições:

  • Recebendo uma ligação de call center, interrompendo uma tarefa importante, ou até mesmo o seu descanso;
  • Assistindo um filme incrível, quando na melhor cena, aparecem os comerciais;
  • Recebendo vários panfletos na rua;
  • Vai ver um vídeo no Youtube, e aparece uma propaganda eterna de 5 segundos;
  • Quer acessar uma notícia importante, mas aparecem inúmeros anúncios em pop-up antes.

Interromper não é um bom negócio. A imagem da sua empresa estará em evidência num momento onde o consumidor não gostaria de vê-la. Na internet não é diferente, e já está mais que comprovado que invadir e interromper é uma péssima estratégia. E, se você ainda precisa de estatísticas para se convencer disso:

84% das pessoas de 25 a 34 anos abandonam um site favorito por causa de anúncios intrusivos e irrelevantes.

70% dos consumidores preferem conhecer uma empresa através de conteúdo do que de publicidade.

 

Usuários de Ad blockers não param de crescer

Caso não saiba, ou não tenha instalado em seu computador ou smartphone, ad blockers são extensões para o navegador que filtram e bloqueiam os anúncios nas páginas que você visita.

Sabe aquele anúncio chato no YouTube? Não aparece. Sabe aquele banner chato de propaganda? Não aparece. Sabe aqueles pop-ups chatíssimos? Não aparecem.

E Ad Blockers não são exclusividade de poucos. Segundo a PageFair, 22% dos usuários de smartphones possuem ad blockers em seus navegadores. São 419 milhões de usuários no mundo. Este número é praticamente o dobro do último ano, ou seja: o crescimento de bloqueadores é assustador.

Não é fácil medir resultados

Você sabe qual foi o alcance do outdoor naquela avenida movimentada? E quantas pessoas propensas a comprar seu produto assistiram seu comercial na TV? Aquele anúncio de rádio lhe deu quanto de retorno exatamente? Bom, temos de concordar que não é fácil – em alguns casos, impossível – mensurar os resultados e efetividade de ações de marketing tradicionais.

O marketing digital – que também tem suas versões tradicionais – possibilita maior controle sobre os resultados, no que tange alcance, envolvimento, cliques, visualizações, compras. Entretanto, com o advento dos bloqueadores, é necessário “sair do comum”, promover conteúdo, qualidade e relevância para poder alcançar seu público e converter em clientes.

Marketing tradicional, com banners tradicionais, pop-ups tradicionais, anúncios tradicionais, não funcionam mais. É necessário inovar e não ser refém deste tipo de programas. Mas afinal, como?

Jornada de compra do consumidor

Antes de mais nada, é necessário entender que todo consumidor passa por uma “jornada” antes de efetuar a compra. Seja para uma bala ou um avião.

Geralmente (e falando a grosso modo), seu consumidor passa por 3 fases:

  • Estágio de Consciência: O usuário tem realizado ou expressado sintomas de um problema potencial ou ocorrido por necessidade. Ex: “A cada mês que passa, o lucro da empresa só tem diminuído. Não tenho informações precisas sobre os custos da produção. Como resolver?”
  • Estágio de Consideração: O usuário tem claramente definido e dado um nome para seu problema ou necessidade. Ex: “Bom, sei que preciso gerir melhor meus custos! Talvez um software de gestão ou novos funcionários possam ser a solução”
  • Estágio de Decisão: O usuário tem definido sua estratégia de solução, método ou abordagem. Ex: “Vou implementar o software X na empresa. Ele me fornece as informações que preciso e resolverá meu problema”

As empresas geralmente ignoram este processo em suas estratégias de comunicação, e focam apenas no Estágio de Decisão, mostrando produto e o preço do mesmo, sem se importar em influenciar mais e melhor o processo de compra.

Antes de efetuar a compra, o consumidor tem de reconhecer a necessidade ou problema, se motivar a resolvê-lo, buscar as melhores soluções, para só depois efetuar a compra. E a pergunta que faço é: como sua empresa tem influenciado na educação dos seus consumidores?

Mais de 60% da compra já foi decidida antes do consumidor entrar em contato com o vendedor

Estes 60% foram informações que sua empresa cedeu ou a concorrência? Em suma, o importante é se comunicar em todos os estágios da jornada de compra do consumidor, e não apenas na hora exata da compra.

A era do Marketing de permissão

Bom, apenas acusar que o marketing tradicional não funciona é fácil. Mas, o que fazer em seguida, como estabelecer uma comunicação efetiva em tempos de Ad blockers e consumidores que escolhem o que querem ver?

A resposta é simples: seja relevante e interessante para seu público!

A ideia é parar de distribuir “panfleto de churrascaria a vegetarianos” e passar a gerar valor para seu público sem necessariamente vender algo a ele. É focar em não apenas ter clientes, mas sim promotores, fãs, embaixadores da sua marca. E, além da qualidade do seu serviço ou produto, sua comunicação deve ser eficiente.

Segundo Seth Godin:

“Marketing de permissão é permissão real, o privilégio – não o direito, mas o privilégio – de entregar histórias personalizadas, antecipadas e relevantes para pessoas que querem recebê-las”.

E, acrescenta:

“O marketing que funciona é aquele que as pessoas escolhem prestar atenção.”

É necessário investir cada vez mais tempo e recursos em educar o seu público e se tornar autoridade no assunto. Driblar os Ad Blockers não será preocupação se sua organização publica informações interessantes e relevantes ao seu público, se os seus consumidores buscam o seu site pois sabem que lá tem informações que vão além da descrição do produto e trazem uma ajuda real.

Peguemos de exemplo uma empresa de software de gestão (como citado em um exemplo anterior). Ao invés de apenas divulgar seu produto e preço (marketing tradicional), esta empresa poderia:

  • Sugerir dicas de gestão de estoque, finanças, pessoas.
  • Apresentar tendências de mercado
  • Oferecer planilhas grátis que auxiliam em atividades corriqueiras

Estas ações simples tornam a empresa interessante e relevante ao consumidor, podendo se tornar autoridade no assunto.

O desafio das estratégias de marketing para os dias atuais não é apenas chamar a atenção, pois isto pode ser passageiro e ineficaz. O ponto chave é como gerar valor e ser lembrado por sua relevância.

E nós podemos te ajudar com isso! Fale com nosso especialista aqui.



Autor

bowe

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